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    Indústria: Têxteis perto de regressar aos recordes na exportação

    Indústria: Têxteis perto de regressar aos recordes na exportação

    A evolução das vendas ao exterior começa a alimentar a ambição do sector obter um registo histórico, mas isso significa mais do que bater 2019

    Na preparação da Premiére Vision, a feira que leva meia centena de empresas dos sectores têxteis e do vestuário a Paris, na próxima semana, Manuel Serrão, da Associação Selectiva Moda, começou a detetar sinais de otimismo entre os industriais e percebeu que “a perspetiva de um recorde voltou a ser tema de conversa”, diz ao Expresso. “Se as condições atuais se mantiverem podemos ter um novo máximo nas vendas ao exterior no final do ano, pelo menos nos têxteis-lar”, confirma Mário Jorge Machado, presidente da ATP — Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, atento à linha ascendente que começa a consolidar-se nas exportações e permitiu faturar em julho €533 milhões na frente externa, 4% mais do que no mesmo mês de 2019, o melhor de sempre nos têxteis lusos desde 2002.

    Feitas as contas, entre janeiro e julho, a fileira exportou €3,19 mil milhões, um salto de 17,7% face ao mesmo período do ano passado e 0,2% acima de 2019, beneficiando dos impulsos de mercados como França (+14%) e EUA (+23%), em especial no segmento dos têxteis-lar, já 22,8% acima do período pré-covid.

    Para bater o recorde anual, a fileira tem apenas de acelerar um pouco o crescimento nos próximos meses, ultrapassar o registo de 2019 (€5,2 mil milhões) e bater os €5,3 mil milhões de 2018, o seu melhor ano de sempre. O desconfinamento será decisivo para isso, uma vez que a normalização da vida social aumentará a procura de vestuário, segmento que vale mais de 50% das vendas e ainda cai 3,9% face a 2019. No entanto, pode haver uma derrapagem nos têxteis técnicos para a indústria automóvel, devido às sucessivas paragens das produtoras das principais marcas por falta de componentes.

    FONTE: Jornal Expresso